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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

REFORMA LUTERANA OS CONFLITOS E A RUPTURA DEFINITIVA COM A IGREJA

Lutero não se preocupava com uma reforma na Igreja, mas com a salvação. A partir das Cartas de São Paulo, desenvolveu suas reflexões, todas voltadas à justificação da fé como único ponto de partida para extrapolar os ensinamentos que recebera. Segundo ele, “Deus não nos julga pelos pecados e pelas obras, mas pela nossa fé”. Lutero encontrou a paz em uma noção renovada de penitência, concebida a partir da justificação pela fé do cristão, independente dos seus méritos. O Conflito Lutero opunha-se à teoria da salvação pelos méritos, não permitia dar valor às obras de caridade, ao contrário dos cristãos, que entendiam como absolvição a concessão de indulgências como prática de devoção. Lutero revoltou-se em 1517, por causa pregação do dominicano Tetzel que vendia indulgências, publicou suas 95 teses, denunciando as falsas seguranças dadas aos fiéis. Segundo o teólogo, só Deus podia perdoar, e não o papa, e a única fonte de salvação da Igreja residia no Evangelho. Em torno dessa nova posição, iniciou-se na Alemanha um conflito entre os dominicanos e os agostinianos. O papado de Leão X interferiu, repudiando o posicionamento de Lutero, que rejeitou a infabilidade do pontificado e a funcionalidade dos sacramentos distantes da fé. A disputa prolongou-se até 1519, culminando com um alerta romano a Lutero sobre as consequências de suas afirmações. Mesmo assim, o teólogo agostiniano rejeitou a primazia romana e a autoridade dos concílios, propondo a Escritura como valor único, negando a tradição dogmática e rejeitando a existência do purgatório. A Ruptura Definitiva com a Igreja Embora a força de Lutero viesse de sua própria convicção, ele recebeu apoio de muitos na Alemanha: dos humanistas, como Hutten e Melanchton, dos jovens estudantes de Wittem- berg e de Erfurt, de cidades como Nuremberg e Constança e, finalmente, da nobreza ambiciosa dos bens da Igreja. Consequentemente, uma revolta individual transformou- se num cisma geral. Na Alemanha, as condições favoráveis à propagação do luteranismo se acentuaram devido à fraqueza do poder imperial, às ambições dos príncipes, às tensões sociais que opunham camponeses e senhores, cidade e nobreza e ao profundo nacionalismo, hostil às influências italianas. Além disso, os abusos da Igreja, não muito maiores que em outras regiões, suscitaram revoltas em nível panfletário, como a do jovem Ulrich Von Hutten, que já se manifestara contra as ordens religiosas.

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