CULTO NÃO É LUGAR DE PROPOSTAS POLÍTICAS, AFIRMA PASTOR “A QUESTÃO É USAR O PÚLPITO COM OUTRA INTENÇÃO, QUE NÃO É A DE LEVAR O EVANGELHO OU PARA FALAR DE JESUS” POR CRIS BELONI
Durante o programa Bate Papo, apresentado por Cássio Miranda da Rede Super de Televisão, os pastores Giuliano Farias e Robson Gomes, falaram sobre políticos que fazem dos púlpitos verdadeiros palanques para discursar e pedir votos.
Para o pastor Gomes, muitos só procuram as igrejas em época de eleição. “Fica até mal”, ressalta. “Esse é um aspecto negativo. O aspecto positivo é que, abrir esse espaço pra que ele possa apresentar suas propostas e se tornar conhecido, é até justo para que a nossa comunidade tenha condição de fazer uma opção de voto”, pondera.
Porém, o pastor deixa claro que isso seria conveniente caso o político estivesse presente durante o ano. “Se ele te visita, vai ao seu culto e até prega durante os trabalhos da igreja e tem esse contato. Mas chegar lá pra pedir o púlpito só na hora de eleição, fica ruim”, lamenta.
Política não é pecado, mas…
O apresentador que participou ativamente da conversa conta que viu um candidato a presidente da República “num altar de uma igreja cristã-evangélica”, como ele especificou, “recebendo a unção do pastor” e que depois esse mesmo candidato foi visto no templo de uma “religião africana” fazendo o mesmo.
“Quer dizer, o pessoal tá acendendo vela pra tudo quanto é santo, usando a expressão muito popular”, disse ele.
O pastor Giuliano Farias diz que “política não é pecado”. Ele acredita que é uma oportunidade para o líder cristão e as pessoas de Deus se posicionarem e lutarem pelas leis que defendam a Palavra de Deus.
“O que é errado é que, mesmo sendo um pastor, ocupe um púlpito com falha de caráter”, ele disparou. Giuliano explica que o problema nem é se a pessoa é candidata ou não. O pastor Rubens complementou: “A questão é usar o púlpito com outra intenção, que não é a de levar o Evangelho ou para falar de Jesus”, denuncia.
“Se é o líder cristão ali da igreja, que a gente conhece, que está na fileira do Evangelho, que tá levando o nome do Senhor o ano inteiro, tudo bem”, justifica Giuliano que também se preocupa com aqueles que chegam à igreja pela primeira vez.
“Chega lá um visitante para ouvir a palavra de Deus e tá lá um candidato que vai falar das suas propostas? Então… mas culto não é um lugar pra falar de propostas”, conclui.
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