A REFORMA PROTESTANTE NA ESCÓCIA
O protestantismo começou a ser difundido na Escócia por homens como
Patrick Hamilton e George Wishart, ambos martirizados. Todavia, o
presbiterianismo foi introduzido graças aos esforços do reformador John Knox
(†1572), um discípulo de Calvino que, após passar alguns anos em Genebra,
retornou ao seu país em 1559. No ano seguinte, o parlamento escocês criou a
Igreja da Escócia (presbiteriana). Knox fez oposição tenaz à rainha católica
Maria Stuart (1542-1587), prima de Elizabete, que viveu na França (1548-1561) e
voltou à Escócia para tomar posse do trono. A aceitação do protestantismo
ocorreu no contexto da luta pela independência do domínio francês. Alguns anos
mais tarde, Maria Stuart teve de fugir e buscar refúgio na Inglaterra, onde foi
executada por ordem de Elizabete em 1587. Foi na Escócia que surgiu o conceito
político-religioso de “presbiterianismo”. Os reis ingleses e escoceses sempre
foram firmes defensores do episcopalismo, ou seja, de uma Igreja governada por
bispos. A razão disso é que, sendo os bispos nomeados pelos reis, a Igreja
seria mais facilmente controlada pelo estado e serviria aos interesses do
mesmo. À luz das Escrituras, os presbiterianos insistiram em uma Igreja
governada por oficiais eleitos pela comunidade, os presbíteros, tornando assim
a Igreja livre da tutela do Estado. Foi somente após um longo e tumultuado
processo que o presbiterianismo implantou-se definitivamente na Escócia.
Nenhum comentário
Postar um comentário