REGISTO ISLÂMICO MILENAR COMPROVA QUE MONTE DO TEMPLO É DOS JUDEUS MUDANÇA DE NARRATIVA É RECENTE, MAS GANHOU FORÇA NA ONU
Decisões recentes da UNESCO tentaram apagar a relação histórica dos
judeus com a cidade de Jerusalém – que segundo a Bíblia foi fundada pelo rei
Davi – e o monte do Templo – onde o rei Salomão edificou o primeiro Templo.
Contudo, a arqueologia insiste em desmentir a narrativa palestina de que o
local pertence somente a eles. A inscrição recentemente descoberta em uma
mesquita muito antiga mostra como, até algumas décadas atrás os muçulmanos
consideravam o Domo da Rocha, o substituto de dois antigos locais de adoração
judaicos que ficavam no alto do monte do Templo, também conhecido como monte
Moriá. Em uma das paredes da mesquita de Omar, na aldeia de Nuba, situada a
cerca de 26 km de Jerusalém encontra-se um texto que claramente chama o Monte
do Templo de “a rocha do Bayt al-Maqdis” [Templo Sagrado]. É uma tradução
literal do termo hebraico usada durante séculos pelos muçulmanos para se
referir ao templo de Jerusalém, em especial ao Domo da Rocha – também conhecida
como Mesquita de Omar. Segundo a tradição, a mesquita que tem uma cúpula feita
de ouro foi edificada a mando do califa Omar ibn al-Khattab. Ele liderou os
exércitos árabes que conquistaram Jerusalém e o restante da Palestina bizantina
em meados do século VII. Foi seu sucessor, Abd al-Malik, o quinto califa, que
concluiu a construção, no ano 691 d.C. O bloco de calcário onde o manuscrito
agora revelado foi esculpido fica acima do nicho que aponta para Meca, algo
comum nas construções do tipo. Ele diz: “Em nome de Deus, o misericordioso, o
compassivo, este território de Nuba, todos os seus limites e toda a sua área,
são uma doação à rocha de Bayt al-Maqdis e à mesquita de Al-Aqsa, conforme foi
dedicado pelo Comandante do Fiel, Omar ibn al-Khattab, para a glória de Allah”.
Dois estudiosos muçulmanos, que analisaram a inscrição anteriormente, afirmam
que ela foi feita no século VII, quando Omar era vivo. Mas os pesquisadores
israelenses, que apresentaram suas descobertas na semana passada, durante uma
conferência sobre arqueologia de Jerusalém, estabelecem a data entre os séculos
IX e X. Eles basearam-se na comparação da ortografia e formulação da escrita
árabe com as dedicatórias das mesquitas em Ramle e Bani Naim. Os arqueólogos
Assaf Avraham e Peretz Reuven dizem que há fartura de indícios nas hadiths –
tradições muçulmanas – e literatura árabe que falam sobre Jerusalém. Portanto,
o termo Bayt al-Maqdia que aparece na inscrição da mesquita de Nuba “refere-se
claramente ao Domo da Rocha”. Mudança da narrativa é recente: Nas duas resoluções
votadas recentemente na UNESCO, fica estabelecido que o local passará a ser
oficialmente chamado apenas por seus nomes muçulmanos “Mesquita
Al-Aqsa/Al-Haram Al-Sharif”. Um estudo sobre a narrativa muçulmana mostra que
até 1951 não havia esse pensamento. Naquele ano, o historiador Aref el-Aref,
então prefeito palestino de Jerusalém Oriental, escreveu o livro “A História do
Domo da Rocha” onde afirmou que inequivocamente “as ruínas do Templo de Salomão
estão sob al-Aqsa” e que Omar construiu uma mesquita no local do antigo local
de adoração dos judeus. Os primeiros registros da negação dos laços aparecem em
“Um Breve Guia da Domo da Rocha e Haram al-Sharif”, publicado em 1965 pelo
Supremo Conselho Awqaf, que pertence à Jordânia e administra o Monte do Tempo
até hoje. Com informações do Times of Israel.
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